Tropa de Elite




Tropa de Elite. 2007. Brasil. Direção: José Padilha. Elenco: Wagner Moura (Capitão Nascimento), Caio Junqueira (Neto), André Ramiro (André Matias), Milhem Cortaz (Capitão Fábio), Fernanda de Freitas (Roberta), Fernanda Machado (Maria), Thelmo Fernandes (Sargento Alves), Maria Ribeiro (Rosane), Emerson Gomes (Xaveco). Gênero: Ação, Drama, Policial. Duração: 118 minutos.


Tropa de Elite sem mais nem menos, é o retrato de um sistema que se move por vícios, no termo geral da palavra (defeito, corrupção, habitualidade ilegal), vindo de todas as partes da sociedade seja militar, civil ou do Estado, deixando a sociedade doente e sem saída. Faz pensar, e quem sabe assim, buscar a tal saída.
Quem tem o mínimo de consciência, culpa a si mesmo, ou pelo menos, se engloba nesse emaranhado de violência, descobrindo que não basta vestir-se de branco e ir as ruas gritar por paz; a injustiça social e a conivência com o crime, voltam para nós mesmos, ainda que não sejamos cientes disso.
Capitão Nascimento é o homem que se considera o “virtuoso” do BOPE, aquele que comanda a tropa, que parte para a guerra, que elimina corruptos, que aniquila seus inimigos (e do povo também), e que evita ter sentimentalismos, embora seu lado humano apareça. Vê tudo isso como a sua única verdade - e como poderia ser diferente diante daquela realidade e das necessidades que o transformaram? É ele, o que há de mais perverso, mas isso não vem muito ao caso, pois ele é produto do meio, assim como os traficantes e os que curtem um baseado.
Sobre a cena final, não tive dúvidas, pois naquele estado, polícia e bandido tem um desejo sanguinário equiparável por motivos diferentes, mas que não faz a menor diferença quando o alvo é um inocente. Fiquei realmente na dúvida sobre apertar ou não o gatilho, mas olhei para baixo e me contorci. Penso que balancei na vingança.

O Blog da amiga Valéria traz este meu comentário e outras críticas, dela e de cinéfilos:

http://lella.wordpress.com/2009/03/27/tropa-de-elite/

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